Quando viver não é uma simples tarefa.
A vida parece ser um mar de emoção, um mar de turbulência, em que todo
dia somos invadidos por ondas cheias de problemas e conflitos: em alguns
momentos, viver intensamente parece ser fácil de dizer, mas quando
procuramos fazer isso, tudo fica ainda mais complicado. Como lidar com
pensamentos confusos, com decisões que devemos tomar o tempo todo,
pessoas tentando interferir em nossa vida (e ainda pior, em nosso
coração) e momentos em que parece que ninguém, até mesmo os amigos mais
próximos, nos entendem. Os dias passam como um borrão, sem ao menos
termos chances de aproveitarmos. Todos parecem estar decididos do que
fazer, de como resolver suas dúvidas, menos nós. Em nossa situação,
parece que nada tem volta. Parece que os dias tornam-se cinzas, sem
sentido, sem razões, sem motivos para continuar lutando. Sim porque, em
alguns dias atrás, eu finalmente percebi que a vida é um mar cheia de
objetivos e lutas, em que a maior prioridade deve ser a resistência.
Nosso coração bate mais forte ao ver aquela pessoa, mas nossos
pensamentos aponta que agora não é hora do amor: muitos compromissos
ainda irão dificultar a nossa vida, e talvez, depois, arranjemos algum
tempo para fazer o que temos vontade, para fazer o que o coração diz,
sem hesitar. Nossa visão fica turva, pois estamos entre dilemas e ações.
Fazer ou não fazer? Dizer ou não dizer? Tudo acaba se tornando, por
fim, uma lição ou aprendizado que teremos que levar para sempre. É ai
que nos perguntamos: porque eu? Porque tudo de ruim tem que acontecer
comigo? Já me fiz essa pergunta várias vezes, enquanto outras pessoas
sofriam de males piores do que os meus. Nossa jornada não é e nem nunca
será fácil, mas pode ser amenizada de dores se simplesmente pararmos de
pestanejar e agir mais. De fazermos o que tanto queremos, de tomar
decisões que talvez sejam erradas -mas que no fim, podem ser melhores
que as certas-, dizer o que realmente pensamos para aquela pessoa que
merece ouvir, e abrir o coração para o novo, para quem tanto quer fazer
parte de nossa vida. Será que não podemos abrir um pedacinho para a
felicidade entrar, sem lamentações e problemas? Eu digo que, no final,
respiro o ar fundo e mergulho nesse mar agitado e incerto, pois no
final, sei que tomarei a decisão certa de simplesmente viver.
Este
texto foi escrito naquele momento em que um turbilhão de dúvidas passam
pela nossa cabeça, mas a solução é sempre nos guiar pelo que queremos
ser e fazer. Gostaram? Acredito que vá refletir o pensamento de várias
pessoas.
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